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1963 - 1983
Nesse contexto de parceria com a Cafa e dentre as tecno-
logias de alimentos desenvolvidas pelo ITAL para esse caso
em específico, vale sublinhar que as Forças Armadas foram
as primeiras, no país, a fazer uso de alimentos liofilizados:
alimentos que passavam por um processo de desidratação e
compressão (mantendo-se todas as suas características nu-
tritivas originais) sendo, então, reidratados pela salivação na
boca do usuário.
A Cafa esteve filiada à Sociedade Brasileira de Nutrição,
à Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos,
mantendo também contato com fundações e instituições go-
vernamentais de diversos ministérios. Através da participa-
ção de um de seus membros, chegou, inclusive, a integrar o
Conselho do Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição do
Ministério da Saúde.
André Tosello (segundo da esquerda para direita na mesa), Ágide Gorgatti Netto, pesquisador do
ITAL e Jorge Guzmán, consultor da FAO, em reunião com militares no CTPTA
Em 1970, por solicitação da Cafa, o ITAL promoveu um
estudo de 10 cardápios de ração de campanha a serem ado-
tados pelas unidades do Exército. No ano seguinte, foram
desenvolvidas rações operacionais de combate, dentro das
exigências apresentadas pela comissão, de modo que elas
pudessem ser produzidas pela indústria para o consumo das
Forças Armadas. Já no ano de 1973, o ITAL pesquisou tipos
de ração coletiva de campanha e, em 1975, foi realizado um
trabalho tanto para o estabelecimento de ração coletiva de
campanha quanto para ração de equipagem. Os pesquisado-
res Ágide Gorgatti Netto e Cláudio Lazarini foram designados
como coordenadores desse projeto. Mais tarde, já no ano de
1984, foi realizado um estudo para o desenvolvimento de
novos tipos de rações militares e também uma avaliação dos
sistemas que estavam sendo utilizados.