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1963 - 1983
Engenharia de Alimentos da Unicamp, mas também no ITAL,
para as indústrias que, por sua vez, absorviam os técnicos que
estavam sendo formados, estabelecendo-se uma relação de re-
ciprocidade.
O projeto tomou corpo e no dia 4 de março de 1971 foi
oficializada, nas dependências do ITAL, a criação da Fundação
Centro Tropical de Pesquisas e Tecnologia de Alimentos, uma
entidade jurídica de direito privado, duração ilimitada e fins eco-
nômicos, nas formas dos Artigos 24 e seguintes do Código Civil
Brasileiro.
Em relação às demais fundações criadas no mesmo período,
a Fundepag traz uma diferença relevante. Enquanto as demais
atendem apenas uma instituição, a Fundepag assessora todos
os institutos ligados à Secretaria de Agricultura, sempre com o
compromisso de contribuir para o desenvolvimento e a promo-
ção da ciência e da tecnologia, visando à solução de problemas
do setor agropecuário e alimentar. Além disso, a Fundação pro-
porciona ao setor privado um instrumento institucional de copar-
ticipação na programação de pesquisa e no apoio financeiro à
realização de pesquisas de interesse da agropecuária, tecnologia
de alimentos e setores afins.
A exemplo das demais fundações criadas no mesmo perí-
odo, a Fundepag é uma entidade de direito privado, sem fins
lucrativos, com autonomia administrativa e financeira. Nesse
âmbito, difere das demais por ter sido fundada não apenas
por uma instituição de natureza pública, mas com o apoio de
grupos empresariais representativos da agropecuária, da indús-
tria, do comércio e das finanças. Entre eles a Cosesp (Compa-
nhia de Seguros do Estado de São Paulo) Sudameris (Banco
Francês e Italiano para a América do Sul S/A), Comind (Banco
Comércio Indústria de São Paulo S/A), BCN (Banco de Crédito
Nacional S/A), Banco Mercantil de São Paulo, Banco Real S/A,
BCN (Banco de Crédito Nacional S/A), Bolsa de Mercadorias
& Futuros (antiga Bolsa de Mercadorias de Comércio Ltda.),
Metalúrgica Matarazzo e Unibanco Planejamento e Abasteci-
mento do Estado de São Paulo.
Cabe também à Fundepag fomentar a realização de cursos,
incluindo os de pós-graduação e especialização, promovidos por
entidades públicas ou privadas, ligadas às suas finalidades.
Pelo seu caráter privado, e com um conselho administrativo
constituído por representantes da iniciativa privada e especialistas
de notório saber, a Fundepag pode viabilizar e ampliar negócios
no setor do agronegócio e de alimentos, provendo mecanismos
para a inovação, um dos objetivos do ITAL, bem como de outros
institutos de pesquisa, por meio do desenvolvimento científico e
tecnológico e da formação de pessoas. Este modelo de captação
e gestão de recursos e parcerias, permite também a ampliação
das interações com o setor produtivo e com agências públicas de
fomento, que enxergam nas fundações a possibilidade de agilizar
a aplicação dos recursos liberados para os projetos, desde a pes-
quisa experimental até a industrialização dos produtos do campo,
principalmente aqueles destinados à alimentação humana.
Luis Madi, diretor do ITAL; Orlando Marino,ex-presidente do
conselho deliberativo da Fundepag; Plínio P. de Camargo,
ex-presidente do conselho deliberativo da Fundepag; Ricardo
Mariano Marcondes Ferraz, presidente do conselho deliberativo
da Fundepag; Roberto Bornhausen, primeiro presidente da
Fundepag; Luiz Carlos dos Santos. diretor presidente da
Fundepag; Antonio Álvaro Duarte Oliveira, diretor da Fundepag
e diretor substituto do ITAL, durante a celebração dos 30 anos
da Fundepag, em 2008
Roberto Bornhausen, presidente do Unibanco e primeiro diretor
da Fundepag; Paulo Egídio Martins, ex-governador do estado
de São Paulo e Paulo da Rocha Camargo, ex-secretário de
Agricultura do estado de São Paulo e responsável pela criação
do projeto da Fundepag, durante a celebração dos 30 anos da
Fundepag, em 2008.