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Ciência, Tecnologia e Inovação a Serviço da Sociedade e da Indústra Brasileira de Alimentos
Todas elas eram balanceadas – do ponto de vista nutri-
cional – e passavam por testes de palatabilidade, testes de
acompanhamento médico e testes de opinião do usuário. O
fornecimento de refeições em situações de contingência tem
norteado as forças armadas em todo o mundo; a preocupação
é com os aspectos de qualidade e segurança alimentar, vi-
sando a saúde e também as expectativas sensoriais dos usuá-
rios quanto à aparência, sabor, aroma e textura dos alimentos
(GALLO NETTO, 2008). Embalagens adequadas; produção e
esterilização dos alimentos de forma que eles guardem suas
características físicas, nutricionais e sensoriais; facilidade de
manuseio; peso e volume reduzidos que facilitem o transpor-
te; exposição a longos períodos sem refrigeração; custos re-
duzidos; esses, dentre outros fatores, precisaram ser levados
em consideração na elaboração dos cardápios e das refeições.
A Comissão de Alimentação das
Forças Armadas - Cafa
O diretor do IAC no início dos anos 1960, Paiva Neto (de óculos escuros), acompanha o
cosmonauta Yuri Gagarin (de quepe, à direita) e comitiva russa em visita às construções do então
CTPTA. Na época, o Centro mantinha um programa de melhoria da alimentação do Exército,
Marinha e Aeronáutica do Brasil
Fundada em 26 de novembro de 1963, a Comissão de
Alimentação das Forças Armadas (Cafa) foi criada com o
intuito de pesquisar os problemas de alimentação do Exér-
cito, Marinha e Aeronáutica para desenvolver rações e
víveres a serem consumidos durante os treinamentos mi-
litares.
A Cafa pesquisou e propôs rações operacionais que
pudessem ser utilizadas pelos militares em situações es-
peciais, quando não fosse possível a utilização regular da
cozinha. As rações apresentavam-se em, pelo menos, dois
tipos: rações que visavam suprir a necessidade de alimen-
tação ao longo de 24 horas; e rações a serem utilizadas em
situações excepcionais: em operações na selva, em aviões
ou até mesmo em casos de naufrágios de navios (BARROS,
1978, p. 29-31).
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