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Ciência, Tecnologia e Inovação a Serviço da Sociedade e da Indústra Brasileira de Alimentos
Além do melhoramento da estrutura física e do aprimo-
ramento constante da equipe, o Cetea buscou estreitar sua
relação com a iniciativa privada. Era clara a necessidade de
modernizar as relações com outras instituições, fossem elas
empresas, sindicatos, associações ou outros centros de pes-
quisa. Da mesma maneira que a sobrevivência da indústria
de alimentos dependia de inovações e eficiência, também os
institutos de pesquisa precisavam se adequar à nova realidade
brasileira de inflação, alta competitividade entre as empresas
e queda nos investimentos nos centros de pesquisa. Buscando
maior sintonia com as necessidades do mercado e, ao mesmo
tempo, menor dependência em relação aos recursos gover-
namentais, em 1988, foram criados o modelo associativo e
o conselho consultivo, instrumentos que estabeleceram um
marco histórico nas instituições de pesquisa do estado de São
Paulo.
O conselho consultivo do Cetea foi constituído para ser a
interface entre o ITAL e órgãos públicos de nível estadual e
federal, associações e sindicatos setoriais nas áreas de em-
balagem, equipamentos, alimentos e bebidas. Seu primeiro
presidente foi Mário Pugliese, representante da Fiesp. As prin-
cipais atribuições do conselho consultivo são:
• orientar a política de desenvolvimento e de relacionamen-
to com a sociedade em geral, no que se refere às ativida-
des de pesquisa, assistência tecnológica e treinamento de
recursos humanos;
• colaborar para a realização de medidas que facilitem a
efetiva transferência à sociedade dos resultados gerados
nas pesquisas;
• colaborar na avaliação da administração das atividades
desenvolvidas, englobando suas várias áreas de atuação,
recomendando medidas para otimizar a utilização dos re-
cursos disponíveis;
• orientar as atividades de apoio ao desenvolvimento dos
setores envolvidos e as ações que promovam a melhoria
da infraestrutura laboratorial, a captação de recursos para
a pesquisa e a manutenção dos equipamentos de pes-
quisa através de sugestões e recomendações, para me-
lhor definição das prioridades, contribuindo, assim, para
o contínuo aprimoramento de suas atividades e aumento
da produtividade.
A partir da constituição do conselho consultivo foi possível
ampliar o intercâmbio tanto com o setor privado, quanto com
outros centros de pesquisa. A principal área de atuação do
Cetea, no entanto, é a indústria de alimentos e bebidas, que
representa aproximadamente 60% do consumo de embala-
gens no Brasil.
O modelo associativo consiste na admissão de empresas e
entidades como associadas do Centro de Tecnologia de Emba-
lagem, que solicitam:
• Projetos de pesquisa e desenvolvimento de embalagem;
• Consultoria referente ao desenvolvimento de materiais e
embalagens, na implantação de novos sistemas de acon-
dicionamento e na solução de problemas específicos;
• Elaboração de pareceres técnicos sobre diferentes aspec-
tos relacionados ao sistema de transporte e distribuição;
• Avaliação e con-
trole de qualidade
de materiais e em-
balagens;
• Apresentação de
projetos de especi-
ficação em emba-
lagens primárias e
secundárias;
Sintonia com o mercado
Luis Madi, na época diretor do
Cetea; Rogério Perujo Tocchini,
diretor do ITAL e Mario Pugliese,
da Fiesp, primeiro presidente do
conselho consultivo do Cetea,
em 1990
Reunião do conselho consultivo
do Cetea, em 1990
