ITAL 50 Anos - page 175

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Ciência, Tecnologia e Inovação a Serviço da Sociedade e da Indústra Brasileira de Alimentos
O projeto, “Processamento de caule de palmito pupunha
em fettuccine congelado”, desenvolvido de fevereiro a abril
de 2009 pelo Grupo de Engenharia e Pós-colheita (GEPC),
foi financiado pela Fundepag com a participação da empresa
Palmito Pupunha São Cassiano. A produção do “macarrão de
pupunha” pré-cozido e congelado envolveu estudos que visa-
vam manter a consistência e o sabor da matéria-prima fresca,
aumentar o tempo de vida de prateleira, tornar o produto de
fácil e rápido preparo, garantir um transporte prático e gerar
um produto seguro e que não utilizasse aditivos químicos para
a conservação. O “macarrão de pupunha” ainda tem a van-
tagem de ter baixas calorias, ser rico em fibras e não conter
glúten, o que possibilita o consumo pela parcela da população
diabética e portadores de doença celíaca, evitando também
danos para o intestino delgado de crianças e adultos genetica-
mente predispostos.
O produto também permitiu maior aproveitamento da par-
te do palmito chamada de coração de pupunha que, por falta
de mercado, gerava perdas significativas de um produto com
forte potencial de consumo.
Pupunha em fettuccine congelado
Primeiro caldo de cana embalado no Brasil
Com o projeto “Produção de bebida de caldo de cana
pasteurizada”, finalizado em 2012, financiado pelo Sebrae,
o Fruthotec também gerou um novo produto, 100% natural,
sem nenhum tipo de conservante, diferente de todos os outros
já existentes, e cuja durabilidade garantiu a industrialização,
aumento de renda e geração de novos empregos. As matérias
publicadas no portal do G1, “Empresário desenvolveu produto
com ajuda do Sebrae. Previsão é faturar R$ 500 mil já no pró-
ximo ano”, de 30 de setembro de 2012, e “Garapa engarrafada
chega a bares e restaurantes”, em 03 de outubro de 2012, des-
tacam o impacto do processo de produção desenvolvido pelo
ITAL, que viabilizou a produção da bebida em escala industrial.
Além de avaliar a capacidade da bebida atingir 3 meses de
armazenamento em temperatura ambiente, foi elaborado um
anteprojeto para processar 220 litros de garapa por hora, ou
seja, 130.000 garrafas de vidro de 318ml por mês.
“O desenvolvimento de produtos e processos para a socie-
dade, ou setor produtivo, tem sido um objetivo para o ITAL,
pois traz benefícios diretos à sociedade, como foi o caso da
bebida de caldo
de cana pas-
teurizada que
já está no mer-
cado. Embora a
garapa seja um
produto popular
e comum, apre-
senta caracte-
rísticas bem específicas e um alto grau de perecibilidade com
rápidas alterações após a extração, sendo assim, os estudos
para minimizar essas condições foram fundamentais. No de-
senvolvimento desse projeto é importante ressaltar que a tec-
nologia foi pensada para pequenas e médias empresas. A em-
presa conseguiu um produto seguro e padronizado, pois teve
apoio técnico e tecnológico de uma instituição de pesquisa,
sem ter que arcar com os custos de uma unidade própria de
P&D para desenvolvimento do produto”, afirma a pesquisado-
ra do ITAL e responsável pelo projeto, Gisele Camargo.
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