ITAL 50 Anos - page 185

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Ciência, Tecnologia e Inovação a Serviço da Sociedade e da Indústra Brasileira de Alimentos
O ITAL, através do Laboratório de Referência em Química
do CCQA, em particular pelo trabalho da pesquisadora Ana
Maria Rauen de Oliveira Miguel, é uma das poucas institui-
ções brasileiras capazes de realizar análises em azeite de
oliva, para confirmar características de identidade e detectar
fraudes. Em função disso participou ativamente da elaboração
do “Regulamento Técnico dos Azeites de Oliva e Óleos de Ba-
gaço de Oliva”, iniciado em 2008, para estabelecer o padrão
de classificação desses produtos e minimizar a importação de
produtos adulterados. O trabalho culminou com a promulga-
ção da Portaria SDA/Mapa 419/2010 (Regulamento Técnico
dos Azeites de Oliva e dos Óleos de Bagaço Oliva), publicada
no D.O.U. de 30/08/2010.
Em novembro de 2012 foi aprovado pelo CNPq o projeto
“Viabilidade da olivicultura como agronegócio: avaliação da
matéria-prima produzida por cultivares de oliveiras submeti-
das a manejo apropriado e estudo climático no estado de São
Paulo, por meio da extração e caracterização química e sen-
sorial dos azeites”. Esse projeto tem a coordenação do Polo
Apta Centro Sul, na pessoa da pesquisadora Edna Bertoncini.
O ITAL faz parte da equipe, respondendo pela otimização das
condições de processo de obtenção de azeite de oliva em uma
extratora que será importada com recursos do CNPq e insta-
lada na planta-piloto do CCQA. A finalização bem sucedida
do projeto possibilitará o desenvolvimento de novos trabalhos
relacionados a azeite de oliva no ITAL.
Projeto “Viabilidade da olivicultura como agronegócio”
O início dos tra-
balhos do Cereal
Chocotec com o se-
tor produtivo se deu
por meio de uma
parceria de muito
sucesso. Em 1995,
quando ainda era
chamado
Centro
de Tecnologia de
Chocolates, Balas e
Confeitos, o Cereal
Chocotec recebeu a
visita do empresário
Alexandre Costa, da Cacau Show, que trazia consigo um de-
safio: aumentar a vida de prateleira dos bombons recheados,
sobretudo as trufas, sem prejudicar o sabor ou a qualidade
dos produtos, que eram produzidos de forma artesanal.
Com o desafio aceito, a parceria se consolidou através
da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau,
Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), instituição de grande
importância na história do Cereal Chocotec.
Na época, o Centro buscava posicionar-se de uma nova
forma no mercado, oferecendo, além das pesquisas na área,
suporte técnico às indústrias do setor. Assim, o desafio pro-
posto pela Cacau Show também significava o começo de uma
nova etapa de trabalho, já que a empresa de chocolates foi a
primeira a procurar o Centro.
Dessa forma, os pesquisadores trabalharam na reformu-
lação dos bombons e trufas da Cacau Show, permitindo o
prolongamento da validade dos produtos. Essa mudança pro-
piciou à empresa o fornecimento e vendas dos produtos em
locais mais distantes, além da redução de custos no proces-
samento e manutenção da qualidade e segurança do alimento.
Atualmente, as trufas e os bombons são os carros chefes
da Cacau Show. Em 2011, a trufa da empresa foi considerada
a melhor do Brasil, segundo pesquisa realizada pela DataFo-
lha. Hoje a empresa é considerada como a maior rede de cho-
colates finos do mundo, tendo ultrapassado no ano de 2008
a norte-americana Rocky Mountain, e possui mais de 1300
franquias distribuídas em todo o país.
“Acreditamos que esse projeto é um marco para as duas
instituições, visto que permitiu à Cacau Show ampliar seus
horizontes de comercialização, com produtos mais estáveis e
seguros ao consumidor, e deu início à trajetória de parcerias do
Centro com o setor produtivo”, explicam o diretor, Valdecir Luc-
cas, e a pesquisadora, Ana Lúcia Fadini, do Cereal Chocotec.
Cereal Chocotec e as trufas da Cacau Show
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