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1963 - 1983
Para esse programa, executado no período de um ano, a OEA
destinou, na época, um financiamento de 70 mil dólares.
No que diz respeito à formação e capacitação, o CTPTA
recebeu trinta e quatro estagiários provenientes de oito países
latino-americanos e prestou assistência técnica à Argentina,
ao Paraguai e ao Peru, nas áreas de alimentos proteicos, fa-
rinhas e panificação, e na chamada fisiologia de pós-colheita
(conservação de frutas e hortaliças in natura).
Um curso de pós-graduação, com duração de dez meses,
na área de normalização da tecnologia de alimentos foi mi-
Os projetos de pesquisa desenvolvidos junto a esse progra-
ma buscaram investigar a melhor utilização do milho, man-
dioca e abacate em processos industriais para a obtenção de
produtos alimentícios.
O milho é um alimento de grande relevância nos hábitos
alimentares de muitos países latino-americanos. No Brasil,
houve uma redução acentuada do consumo do milho em re-
lação à farinha de trigo, cujo consumo foi historicamente in-
centivado através de subsídios estatais ao produto.
Havia, portanto, à época do Programa Multinacional de
Tecnologia de Alimentos, uma preocupação com a procura de
alternativas que pudessem reduzir o consumo de trigo, tendo-
se em vista o fato de o Brasil ser um país produtor de trigo,
mas que não contava com uma produção autossuficiente, fi-
cando, assim, dependente da importação para o atendimento
do consumo interno.
No que diz respeito à farinha de milho, algumas modi-
ficações eram necessárias para que ela pudesse ser melhor
utilizada em farinhas compostas. Uma possibilidade era a
de se utilizar uma técnica de pré-gelatinização, que tornaria
mais adequada a mistura com outras farinhas. As pesquisas
realizadas caminharam, então, nessa direção.
A finalidade das pesquisas realizadas nesse subprograma,
em relação à mandioca, foi o desenvolvimento de técnicas
de pré-gelatinização da farinha de raspa e do amido – que
permitiram um uso mais adequado desse produto em diversos
tipos de processamento industrial para a obtenção de produ-
tos alimentícios, como os biscoitos de massa mole.
Óleo comestível de abacate, resultado de uma das
pesquisas do Programa Multinacional de Tecnologia de
Alimentos, realizado até o final da década de 70. No
projeto, foram analisadas as variedades do abacate,
assim como a fisiologia da pós-colheita, melhores
condições de embalagens, entre outros
Ainda como parte do subprograma A, o abacate foi objeto
de pesquisas sobre as inúmeras variedades cultivadas para
que delas fossem escolhidas as mais adequadas para a pro-
dução de óleo comestível.
Para o consumo da fruta in natura, várias pesquisas rela-
cionadas à colheita foram realizadas: desde a época mais apro-
priada, o sistema a ser empregado e a chamada fisiologia pós-
colheita, para assegurar melhores condições de embalagem e de
armazenamento para que se pudesse conservar as propriedades
e qualidade original da fruta e para que o produto tivesse, assim,
também, mais aceitação no mercado internacional.
Subprograma A: amidos, lípides e prótides
nistrado pelo Centro, entre junho de 1969 e maio de 1970.
Com aulas teóricas e práticas, contou com a presença de 15
alunos, sendo 9 estudantes estrangeiros (bolsistas da OEA) e
6 brasileiros.
Especificamente, o programa de pesquisas de que partici-
pava o ITAL era composto por três subprogramas:
• Subprograma A: amidos, lípides e prótides;
• Subprograma B: frutas tropicais;
• Subprograma C: curso de normalização em tecnologia
de alimentos.