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Ciência, Tecnologia e Inovação a Serviço da Sociedade e da Indústra Brasileira de Alimentos
para os trabalhadores da indústria de alimentos, bem como na
forma de estágio para alunos em formação na área. Além disso,
eram oferecidos, desde o início das atividades do Centro, cursos
monográficos de curta duração.
Para o desenvolvimento de todas as atividades propostas
dentro do convênio com a FAO, que viabilizou a criação do
Centro, o projeto contou com a constituição de um conse-
lho coordenador permanente, do qual faziam parte o diretor
internacional do projeto da FAO (project manager), o diretor
nacional (project co-manager), o diretor-geral e o diretor da
Divisão de Solos, Mecânica Agrícola e Tecnologia do IAC. O
conselho era composto ainda por representantes de coope-
rativas agrícolas, da Federação das Indústrias do estado de
São Paulo (ligado à industrialização de produtos de origem
vegetal), do Ministério da Agricultura, do Conselho Nacional
de Pesquisas, da Secretaria de Agricultura do Estado de São
Paulo e do Conselho Nacional de Educação. A participação
de representantes da indústria de alimentos garantiria uma
aproximação com o setor industrial, promissora para a rea-
lização de pesquisas para solucionar problemas enfrentados
(TEIXEIRA; TISSELI, 1991, p. 72).
O incentivo para essa integração foi um modelo encon-
trado pelo diretor do Centro, André Tosello, em instituições
de pesquisa na área de ciência e tecnologia de alimentos,
visitados em viagem realizada à Europa, em 1963. O objetivo
da viagem era conhecer instituições científicas que se dedi-
cavam à tecnologia de alimentos, estudar sua organização e
verificar suas atividades, além de estudar, de maneira geral, o
problema da industrialização de alguns produtos, em especial
a banana e o tomate (TOSELLO, 1964).
Os países visitados foram Alemanha, Itália, França, Dina-
marca, Áustria e Suíça. Em cada um desses países, André To-
sello conheceu pelo menos um instituto de pesquisa e tecno-
logia. A constituição do CTPTA, na realidade, foi baseada em
modelos internacionais de centros de pesquisa e tecnologia
em alimentos. Além da consultoria de Sherman Leonard, essa
viagem do professor Tosello determinou alguns dos padrões a
serem adotados na nova instituição de pesquisa e um deles
foi o de garantir a divulgação dos trabalhos realizados no Cen-
tro, por meio de publicações científicas e técnicas.
Na Itália, onde permaneceu por mais tempo, André To-
sello visitou o maior número de instituições. Em Roma esteve
Esquema organizacional do CTPTA após sua criação em 1963
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