ITAL 50 Anos - page 135

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Ciência, Tecnologia e Inovação a Serviço da Sociedade e da Indústra Brasileira de Alimentos
locando novos desafios para as instituições públicas. Como
analisam Garcia e Salles-Filho (2005), nas décadas de 1980
e 1990, o Estado reduziu lentamente o seu papel proativo, de
coordenador e financiador da pesquisa básica e aplicada para
a agricultura e o setor de alimentos.
Nesse período, tornou-se cada vez mais necessário promo-
ver uma reestruturação funcional para gerenciar o excessivo
número de atividades e para enfrentar as restrições financei-
ras, de forma a garantir o bom funcionamento do Instituto,
preservando sua relevância para a sociedade.
Como resultado dessa necessidade, em 1995, o ITAL im-
plementa uma nova estrutura organizacional, durante a gestão
de Nelson José Beraquet, condensando e
agrupando as 23 seções técnicas existen-
tes anteriormente em 7 centros tecnoló-
gicos e dois núcleos de ensaios/análises.
Apostou, desse modo, na constituição de
grupos multidisciplinares de pesquisa, de-
senvolvimento e apoio à inovação; promo-
veu a aprendizagem; estimulou a capaci-
dade criativa na resolução de problemas
e fomentou a maior captação de recursos
extraorçamentários.
Uma instituição pode exercer suas
atividades apenas para justificar
sua existência. Mas nós queríamos
que o ITAL fosse um verdadeiro
agente de transformação, que ti-
vesse um papel dinâmico no con-
texto das tecnologias de alimentos
no Brasil e, particularmente, junto
à indústria de alimentos do país;
porque o ITAL é um instituto de
pesquisa industrial, foi criado para
atuar junto à indústria de alimen-
tos e bebidas desde o seu início.
Nelson José Beraquet
Diretor do ITAL de 1995 – 1999
Frango: produto símbolo da estabilização monetária
do Plano Real, que permitiu que as classes menos
favorecidas do país tivessem acesso a esse alimento
Organograma do ITAL (Decreto Estadual nº 40.301, 06/09/1995)
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