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Ciência, Tecnologia e Inovação a Serviço da Sociedade e da Indústra Brasileira de Alimentos
plano Brasil Novo, que ficou conhe-
cido como Plano Collor, determinou
o congelamento de 80% dos bens
privados por 18 meses. Na práti-
ca, no entanto, essa medida signi-
ficou o confisco do dinheiro que a
população tinha em conta corrente
e em caderneta de poupança. “Foi
um período difícil para o país. O
ITAL, no entanto, como instituição
estadual, sofreu menor impacto. A
consequência mais danosa, a meu
ver, foi a rotatividade muito alta de
secretários de Agricultura nesse
período. Isso acabou gerando que-
bras nas políticas para os institutos
de pesquisa e cortes de verbas”,
conta Mauro Faber, que foi diretor
do ITAL de 1991 a 1994, justamen-
te no período posterior à criação do
Plano Collor.
Outra medida do Plano Collor foi a abertura da economia
para o mercado exterior que disponibilizou uma avalanche de
novos produtos de consumo para os brasileiros, entre eles,
muitos alimentos. Isso obrigou a indústria nacional a investir
em novos processos e produtos para se modernizar e fazer
frente à concorrência dos produtos estrangeiros que invadiam
as prateleiras dos supermercados. O setor de alimentos inves-
tiu no lançamento de novos produtos, em especial naqueles
com maior valor agregado, tendência que continuou na déca-
da de 1990. Isso foi possível também porque as empresas ali-
Nota do jornal Correio Popular sobre a premiação do Pastifício Selmi em reconhecimento
por instalações modernas no período de 1939. Atualmente a Selmi continua a ser umas
das mais conceituadas indústrias de massas do país
Vista parcial da linha de processamento de frutas do
ITAL, no início da década de 1980